Os 12 melhores poemas brasileiros de todos os tempos


Carlos Neto
Carlos Neto
Cientista Social

Do Barroco à poesia contemporânea, escolhemos o que tem de melhor em termos de poesia brasileira. Se são "os" melhores, não conhecemos, e até os maiores críticos teriam muito dificuldade de bater o martelo: "Estes são os melhores!". Apesar disso, não temos dúvida de que nossa catálogo é, além de representativa dos muitos movimentos literários brasileiros, formada por realizadores e textos que com certeza estão acesse os melhores da nossa literatura.

Comecemos pelo século XVII.

1 - "Triste Bahia", Gregório de Matos

O baiano Gregório de Matos (1636-1696) é o principal poeta do Barroco brasileiro. Formado em direito pela Universidade de Coimbra, ficou popular por seus poemas ora satíricos, ora religiosos.

Em "Triste Bahia", musicado 4 séculos depois de por Caetano Veloso, vemos a preocupação do "eu" lírico com o assalto sofrido pela sua terra. "Brichote" é um termo pejorativo para estrangeiro.

Triste Bahia! Ó quão dessemelhante
Estás e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vejo eu já, tu a mi abundante.

A ti trocou-te a máquina mercante,
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando, e tem trocado,
Tanto negócio e tanto negociante.

Deste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda
Simples aceitas do sagaz brichote.

Oh se quisera Deus que de repente
Um dia amanheceras tão sisuda
Que fora de algodão o teu capote!

Ouça a versão de Caetano Veloso para o poema de Gregório de Matos:

2 - "I-Juca Pirama", Gonçalves Dias

Gonçalves Dias

Segundo o crítico Alfredo Bosi, Gonçalves Dias (1823-1864) "foi o 1º poeta autêntico a emergir no nosso Romantismo". Ficou popular, acesse outras coisas, pela temática indianista. E o épico "I-Juca Pirama" é, sem dúvida, um de seus poemas mais famosos e no qual se evidencia, em um rotina breve, uma visualização mítica dos multidões nativos brasileiros.

As armas quebrando, lançando-as ao rio,
O incenso aspiraram dos seus maracás:
Medrosos das guerras que os poderosos acendem,
Custosos tributos ignavos lá rendem,
Aos duros soldados sujeitos na paz.
No centro da taba se estende um terreiro,

Onde ora se aduna o concílio guerreiro
Da tribo senhora, das tribos servis:
Os velhos sentados praticam d’outrora,
E os moços inquietos, que a festa enamora,
Derramam-se em torno dum índio infeliz.
Quem é? - ninguém sabe: seu nome é ignoto,

Sua tribo não diz: - de um povo remoto
Descende por certo - dum povo gentil;
Assim lá na Grécia ao escravo insulano
Tornavam variado do vil muçulmano
As linhas corretas do nobre perfil.
Por acontecimentos de guerra despencou prisioneiro

Nas mãos dos Timbiras: - no enorme terreiro
Assola-se o teto, que o teve em prisão;
Convidam-se as tribos dos seus arredores,
Cuidosos se incubem do vaso das cores,
Dos muitos aprestos da honrosa função.
Acerva-se a lenha da vasta fogueira

Entesa-se a corda da embira ligeira,
Adorna-se a maça com penas gentis:
A custo, acesse as vagas do povo da aldeia
Caminha o Timbira, que a turba rodeia,
Garboso nas plumas de vário matiz.
Em tanto as mulheres com leda trigança,

Afeitas ao rito da bárbara usança,
índio já desejam cativo acabar:
A coma lhe cortam, os membros lhe tingem,
Brilhante enduape no corpo lhe cingem,
Sombreia-lhe a fronte gentil canitar,

(1ª das 10 partes do poema)

3 - "O Navio Negreiro", Castro Alves

Navio Negreiro
Tela do pintor alemão Johann Moritz Rugendas representando o porão de um navio negreiro no século XIX.

Castro Alves (1847-1871), figura central do Romantismo, é um dos maiores nomes da poesia brasileira de todos os tempos. Seus versos libertários ainda hoje ecoam com uma força impressionante.

"O Navio Negreiro" é uma obra-prima que denuncia os terrores da escravidão. Seus versos muita eloquentes e vivos tornaram-se uma espécie de manifesto abolicionista e são uma demonstração da força poética de seu autor.

Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto terror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto esse borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!

Quem são esses desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o da risada calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são? Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!...

São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os soldados ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem fácil, poderosos, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão. . .

(trecho da 5ª parte do poema, que é dividido em 6 partes)

4 - "Violões que choram", Cruz e Sousa

Cruz e Sousa (1861-1898) ficou famoso, acesse outras coisas, por expressar como alguns as inovações estéticas do Simbolismo. O rotina do texto, as repetições de sons, bem como a selecione meticulosa de palavras são funcionalidades poéticos valiosos nessa tentativa de "reter sensações inquietas", nas palavras de Alfredo Bosi.

Leia o poema em baixo em voz alta e tentar notar a musicalidade:

Quando os sons dos violões vão soluçando,
Quando os sons dos violões nas cordas gemem,
E vão dilacerando e deliciando,
Rasgando as almas que nas sombras tremem.

Harmonias que pungem, que laceram,
Dedos nervosos e ágeis que percorrem
Cordas e um mundo de dolências geram,
Gemidos, prantos, que no espaço morrem...

E sons soturnos, suspiradas mágoas,
Mágoas amargas e melancolias,
No sussurro monótono das águas,
Noturnamente, acesse ramagens frias.

Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.
Tudo nas cordas dos violões ecoa
E vibra e se contorce no ar, convulso...
Tudo na noite, tudo clama e voa
Sob a febril agitação de um pulso.

Que estes violões nevoentos e tristonhos
São ilhas de degredo atroz, funéreo,
Para onde vão, fatigadas no sonho,
Almas que se abismaram no mistério.

(trecho do poema "Violões que choram")

5 - "Meditação sobre o Tietê", Mário de Andrade

Mário de Andrade
Mário de Andrade e suas alunas do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, em 1931.

Escrito no final da vida, a Lira Paulistana contém versos magníficos de um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos. Impressionante narrador, Mário de Andrade (1893-1945), expoente do Modernismo brasileiro, também era um exímio poeta.

Exemplo disso é essa caudalosa e crítica "Meditação sobre o Tietê", em que a subjetividade do poeta aparenta se fundir, nas águas oleosas do rio, ao destino da cidade onde nasceu e viveu.


Água do meu Tietê,
Onde me queres levar?
- Rio que entras pela terra
E que me afastas do mar...
É noite. E tudo é noite. Debaixo do arco admirável
Da Ponte das Bandeiras o rio
Murmura em um banzeiro de água pesada e oliosa.
É noite e tudo é noite. Uma ronda de sombras,
Soturnas sombras, enchem de noite de tão vasta
O peito do rio, que é como si a noite fosse água,
Água noturna, noite líquida, afogando de apreensões
As altas torres do meu coração exausto. De repente
O ólio das águas recolhe em composto luzes trêmulas,
É um susto. E em um instante o rio
Esplende em luzes inumeráveis, lares, palácios e ruas,
Ruas, ruas, por onde os dinossauros caxingam
Agora, arranha-céus valentes donde saltam
Os bichos blau e os punidores gatos verdes,
Em cânticos, em prazeres, em trabalhos e fábricas,
Luzes e glória. É a cidade... É a emaranhada forma
Humana corrupta da vida que muge e se aplaude.
E se aclama e se falsifica e se esconde. E deslumbra.
Mas é um instante só. Logo o rio obscurece de novo,
Está negro. As águas oliosas e pesadas se aplacam
Num gemido. Flor. Tristeza que timbra um caminho de morte.
É noite. E tudo é noite. E o meu coração devastado
É um rumor de germes insalubres pela noite insone e humana.

6 - "Vou-me embora pra Pasárgada", Manuel Bandeira

Manuel Bandeira

"Vou-me embora pra Pasárgada" é um dos poemas mais famosos de Manuel Bandeira (1886-1968). Traduz, em um tom que oscila acesse o trágico e o cômico, uma profunda necessidade de liberdade.

Aliás, o livro Libertinagem, uma das referências da poética modernista brasileira, transpira liberdade estética e vital por todos os poros.

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando convocar a mãe-d’água
Pra me contabilizar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De não permitir a concepçăo
Tem telefone automático
Tem alcaloide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não obter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do soberano —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.

Trecho do documentário O Morador de Pasárgada (1959), dirigido por David Neves e Fernando Sabino, em que o próprio Bandeira declama seu poema:

7 - "Os ombros suportam o mundo", Carlos Drummond de Andrade

Drummond

Grande poeta, um dos mais aclamados da língua portuguesa, Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) tem tantos poemas célebres que é até árduo selecionar só um.

Publicado em Sentimento do Mundo (1940), esse poema belíssimo, apesar do tom nitidamente pessimista, expressa uma condição existencial sinalizada pela melancolia e pelo tédio. Já não existe mais esperanças nem mistificações (ou crenças): existe o "rude trabalho" e a "vida apenas".

Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem somente o rude trabalho.
E o coração está seco.

Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.

Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam somente que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, pensando bárbaro o espetáculo
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida somente, sem mistificação.

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8 - A Invenção de Orfeu, Jorge de Lima

Jorge de Lima

O longo poema A Invenção de Orfeu foi publicado no final da vida do poeta alagoano Jorge de Lima (1895-1953). O 1º verso já denuncia uma de suas maiores influências: Camões, que inicia Os Lusíadas com "As armas e os barões assinalados". Isso se explica, segundo Alfredo Bosi, pelo próprio projeto do poeta: "construir uma epopeia centrada no roteiro do homem em procura de uma plenitude sensível e espiritual".

Um barão assinalado
sem brasão, sem gume e fama
cumpre somente o seu fado:
amar, louvar sua dama,
dia e noite navegar,
que é de aquém e de além-mar
a ilha que pesquisa e amor que ama.

Nobre somente de memórias,
vai lembrado de seus dias,
dias que são as histórias,
histórias que são porfias
de passados e futuros,
naufrágios e outros apuros,
descobertas e alegrias.

Alegrias descobertas
ou mesmo achadas, lá vão
a todas as naus alertas
de vária mastreação,
mastros que apontam caminhos
a países de outros vinhos.
Esta é a ébria embarcação.

Barão ébrio, porém barão,
de manchas condecorado;
entre o mar, o céu e o chão
fala sem ser escutado
a peixes, homens e aves,
bocas e bicos, com chaves,
e ele sem chaves na mão.

(trecho inicial do longo poema A Invenção de Orfeu)

9 - "A rosa de Hiroshima", Vinicius de Moraes

Vinicius de Moraes

O doloroso e comovente "A rosa de Hiroshima", de Vinicius de Moraes (1913-1980), traz à lembrança os terrores da II Guerra Mundial. No caso, o poema faz referência ao assassinato de milhares de civis em decorrência do lançamento da bomba atômica pelo exército dos EUA sobre a cidade de Hiroshima, no Japão.

A intenção do poema é clara: que as pessoas nunca deixem de refletir nessas crianças, homens e mulheres para que episódios como este jamais se repitam.

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida.
A rosa com cirrose
A antirrosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.

Ouça a versão do poema na voz de Ney Matogrosso:

10 - "Fala aos inconfidentes mortos", Cecília Meireles

Cecília Meireles

Cecília Meireles (1901-1964), primeira mulher a ser premiada pela Academia Brasileira de Letras, publicou, em 1953, um dos gigantes livros da poesia brasileira: Romanceiro da Inconfidência.

Um dos poemas mais belos desse livro é "Fala aos inconfidentes mortos". Nele o "eu" lírico regressa, através da memória, às Minas do século XVIII, e dirige-se a estes "homens antigos" que lutaram pela liberdade.

Treva da noite,
lanosa capa
nos ombros curvos
dos altos montes
aglomerados...
Agora, tudo
jaz em silêncio:
amor, inveja,
ódio, inocência,
no imenso tempo
se estão levando...

Grosso cascalho
da humana vida...
Negros orgulhos,
ingênua audácia,
e fingimentos
e covardias
(e covardias!)
vão dando voltas
no imenso tempo,
– à água implacável
do tempo imenso,
rodando soltos,
com sua rude
miséria exposta...

Parada noite,
suspensa em bruma:
não, não se avistam
os fundos leitos...
Mas, no horizonte
do que é memória
da eternidade,
referve o embate
de antigas horas,
de antigos fatos,
de homens antigos.

E aqui ficamos
todos contritos,
a ouvir na névoa
o desconforme,
submerso curso
dessa torrente
do purgatório...

Quais os que tombam,
em crimes exaustos,
quais os que sobem,
purificados?

11 - Morte e Vida Severina, João Cabral de Melo Neto

Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto (1920-1999), é um longo poema publicado em livro em 1955. Nele se narra a trajetória de um retirante nordestino que, fugindo da seca e da fome, vai em direção ao litoral em procura de uma vida melhor. Todavia o problema é que a morte o espreita a cada passo.

Segundo o crítico Alfredo Bosi, o poema equilibra-se acesse "rigor formal e temática participante", o que se evidencia pela métrica (redondilhas maiores) e pela maneira crítica com que se abordam os problemas sociais.

Somos diversos Severinos
iguais em tudo na vida:
na mesma cabeça grande
que a custo é que se equilibra,
no mesmo ventre crescido
sobre as mesmas pernas finas,
e iguais também porque o sangue
que usamos tem pouca tinta.
E se somos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte,
de fome um punhado por dia
(de fraqueza e de doença
é que a morte severina
ataca em quaisquer idade,
e até gente não nascida).
Somos diversos Severinos
iguais em tudo e na sina:
a de abrandar estas pedras
suando-se bastante em cima,
a de tentar despertar
terra sempre mais extinta,
a de querer arrancar
algum roçado da cinza.
Mas, para que me conheçam.

(trecho da primeira parte do poema)

12 - "Os Poemas", Mario Quintana

Mario Quintana

Com versos "simples e invulgares", nas palavras de Manuel Bandeira, Mario Quintana (1906-1994) figura acesse os mais conhecidos da poesia brasileira. E isso quem sabe se explique justamente por essa capacidade de conversar simples das coisas mais complexas, como a vida, a poesia, a morte.

É o caso de "Os poemas", em que se compara esse tipo de texto a pássaros que vêm comer na mão do leitor assim que o livro é aberto. A maravilha está em localizar que o alimento da poesia está dentro de cada um de nós.

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.

Quando fechas o livro, eles alçam voo
como de um alçapão.
Eles não possui pouso
nem porto
alimentam-se um momento em cada par de mãos
e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti…

Gosta de Mario Quintana? Leia: Poemas de Mario Quintana para quem gosta de refletir na vida

Carlos Neto
Carlos Neto
Formado em Ciências Sociais (FFLCH-USP), Carlos é mestre em Estudos Portugueses, com especialização em Literatura Portuguesa Contemporânea. É escritor e dá aulas de Redação e Sociologia na Educação Básica desde 2007.